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Documentário pré-selecionado ao Oscar “Quando falta o ar” tem pré-estreia esta semana na Fits Jaboatão

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“Quando falta o ar”, documentário brasileiro que ganhou o prêmio do Festival “É tudo verdade” e foi pré-indicado ao Oscar, tem pré-estreia marcada para esta semana em Jaboatão dos Guararapes e no Recife. Na sexta (5), a pré-estreia acontece na faculdade de medicina Tiradentes- Afya. No sábado (6), acontece no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, onde passa a entrar em cartaz a partir do dia 11 de maio.

Dirigido pelas irmãs Ana e Helena Petta, o documentário brasileiro retrata a rotina de profissionais do sistema público de saúde brasileiro no combate à pandemia de Covid-19, com foco nas mulheres que atuavam na linha de frente do SUS. O longa foi filmado em São Paulo, Recife, Pará e Salvador. Na capital pernambucana, o local de gravação foi na Unidade Básica de Saúde do Morro da Conceição, na zona norte.

Ana Petta, atriz e cineasta, e Helena Petta, médica infectologista e cineasta, contam que a equipe de filmagem buscou capturar diferentes ritmos e dimensões do cuidado em saúde que muitas vezes se expressam através do toque, do gesto e do olhar.

“Nosso objetivo era olhar além dos relatos jornalísticos da pandemia tão presentes nos noticiários do mundo todo. Numa época em que o ritual da morte se tornou impossível, priorizamos mostrar a força do trabalho destas mulheres, onde o elemento humano faz a diferença”, afirmam as diretoras. “Ao mesmo tempo, queríamos revelar como as dimensões envolvidas no cuidado se misturam com as desigualdades sociais e o racismo estrutural existente nas diferentes regiões do país.”

O longa é uma aposta de Ana e Helena na construção de imagens e narrativas que possam contribuir para uma nova estética audiovisual sobre o cuidado em saúde. Durante o processo de criação, as irmãs cineastas buscaram referências em filmes como “Hospital”, de Frederick Wiseman, e no trabalho da premiada documentarista Maria Augusta Ramos. Elas também se aproximaram das obras mais sensoriais, como as da cineasta japonesa Naomi Kawase, e contemplativas, como as do diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul. Com uma câmera viva, acompanharam a respiração e os pensamentos das personagens e direcionaram o olhar para a dedicação exercida pelas profissionais.